用葡萄牙语 讲述历史18

全国等级考试资料网 2023-01-17 03:05:22 89

Belém em poder dos Cabanos.

A chama da rebelião, no entanto, não se apagara. Apesar de morto o Cônego Batista Campos, os seguidores não interromperam o aliciamento de partidários, particularmente entre os guardas nacionais e entre os cabanos, que eram pessoas humildes, assim chamadas em virtude das choupanas rústicas que habitavam.

O governo local não acompanhou de perto a evolução do movimento, que contava com a participação de militares. A 7 de janeiro de 1835, os rebeldes invadiram Belém, chefiados por Antônio Vinagre e por João Miguel de Sousa Aranha, e dirigiram-se ao quartel do Batalhão de Caçadores, ao quartel da tropa de artilharia e ao Palácio do Governo. Os revoltosos assassinaram o Comandante das Armas Major Joaquim Silva Santiago, o Presidente Lobo de Sousa (morto pelo cabano Domingos Onça) e o Comandante da Força Naval James Inglis.

Os cabanos, vitoriosos, retiraram Malcher da prisão e o aclamaram Presidente da Província. Ofuscado pelo mando, Malcher entrou em conflito com os irmãos Vinagre e Nogueira, ocorrendo entre eles luta armada às 11 horas do dia 19 de fevereiro de 1835, da qual saíram perdedores os partidários de Malcher. Este conseguiu refugiar-se a bordo da brigue Cacique e persuadir a guarnição a atirar contra a cidade. Diante da resistência dos que se encontravam em terra, resolveu-se negociar a paz. Ficou acertado que Francisco Pedro Vinagre assumiria a Presidência da Província, sendo em seguida reconhecido pela Câmara Municipal. A seguir, combinou-se a transferência de Malcher, a bordo do Cacique, para a Fortaleza da Barra. Nesse percurso o cabano Quintiliano Barbosa matou-o com um tiro no peito.

Francisco Pedro Vinagre estabeleceu, de imediato, medidas capazes de fortalecer o seu dispositivo, aumentou o número de guardas permanentes para três companhias e designou elementos de confiança para o comando da força. Tomou logo providências para que as tropas fossem pagas e para que os cabanos fossem desarmados. A 16 de março deu conhecimento à Regência sobre os acontecimentos em Belém.

A guarnição da Marinha manteve-se em expectativa, já que Vinagre inspirava sérias preocupações. A oficialidade da Armada dirigiu-se ao Presidente do Maranhão, dando ciência da evolução dos acontecimentos no Pará.

Vinagre tentou com insistência desarmar os navios de guerra, mas foi sempre repelido pelos oficiais, que aguardavam em seus postos as providências dos escalões superiores para o restabelecimento da ordem pública.

A solicitação dos oficiais ecoou de forma positiva no Maranhão. O Presidente da Província organizou uma expedição naval sob o comando do Capitão-Tenente Pedro da Cunha, que partiu a 12 de abril para Belém. Ela foi calorosamente recebida e o seu comandante logo conseguiu o adequado aparelhamento de todos os vasos de guerra.

Tentativas de Pedro da Cunha para pacificar a Província.

Chegando ao Pará, Pedro da Cunha iniciou gestões junto ao chefe cabano para a pacificação da Província e a reimplantação da lei e da ordem. Por reconhecer, talvez, a inferioridade e inadequação das forças para uma ação imediata, procurou entender-se com os rebeldes através de correspondência, por vezes cortês, por vezes amarga. Com o passar do tempo, Francisco Pedro Vinagre verificou que os que o cercavam não estavam dispostos a entregar o governo ao substituto legal, o deputado mais votado, Dr. Ângelo Custódio Correia. Se de um lado o Presidente cabano desejava assegurar a defesa de Belém, de outro o Capitão Pedro da Cunha buscava o apoio da população, que começou a procurar refúgio nos navios de guerra. Foram para lá até mesmo oficiais da Força Terrestre.

Contando com o apoio da Esquadra, de um pequeno número de elementos do Exército, dos guardas nacionais e de muitos civis, o Dr. Ângelo Custódio tentou o desembarque para tomar a capital. O Tenente-Coronel João Henrique de Matos foi designado para a missão mas foi contrário à sua execução, depois de verificar os meios em pessoal e em material com que poderia contar. Foi então convocado um conselho de guerra, que resolveu indicar o Major João Roberto Aires Carneiro para comandar a operação, no dia 12. Carneiro não obteve sucesso. A tropa foi repelida com grandes perdas em pessoal e material, além de sérias avarias nos navios.

Vitória efêmera das forças legais.


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