用葡萄牙语讲述历史 16

全国等级考试资料网 2023-04-13 06:22:24 103

As relações entre o nativo da região e o português eram tensas e os pontos de vista antagônicos e inconciliáveis.

Notícia da Abdicação chega a Belém.

As dificuldades de comunicação retardaram sobremodo a chegada de notícias da capital do Império à distante Província do extremo norte brasileiro. A notícia sobre a resolução de D. Pedro I que abdicava em favor do filho conheceu-se em maio, causando grande excitação popular a esperança de que viriam melhores dias com o afastamento dos lusitanos.

Agitou-se principalmente a Câmara Municipal de Belém, e o Cônego João Batista Gonçalves de Campos solicitou o afastamento do Comandante das Armas, Brigadeiro Francisco de Sousa Soares Andréa, por considerá-lo ligado aos interesses lusitanos, mas não conseguiu obter seu intuito. Os portugueses, inconformados com a derrota e vendo seus interesses ameaçados, procuraram por todos os meios a manutenção dos cargos, buscando, inclusive, o apoio da tropa.

Rebelião do 24º Batalhão de Caçadores (BC).

Insufladas por elementos nativistas, as praças de 24º BC, que então tinha sede em Belém, revoltaram-se a 2 de junho de 1831 contra os superiores e o governo local, exigindo sua renúncia. A ação imediata do Comandante das Armas, reunindo as unidades fiéis e adeptos civis, abortou o movimento, trazendo grande desalento às forças nativistas. A indisciplina porém persistiu, levando o governo provincial a aceitar a proposta de um português, Marcos Rodrigues Martins, para criar um corpo de guardas.

Deposição do Visconde de Goiana.

A Regência, em abril, determinou a substituição do Presidente da Província e do Comandante das Armas. O fato trouxe novas agitações ao Pará devido à pressão exercida pelos reinóis no sentido de que o Barão de Itapicuru-Mirim (Tenente-Coronel José Félix Pereira Pinto Burgos) permanecesse no cargo, evitando que assumisse o governo, temporariamente, o Cônego Batista de Campos, substituto legal.

Finalmente, em 16 de julho, chegaram as novas autoridades nomeadas. Eram o Dr. Bernardo José da Gama, Visconde de Goiana, Presidente, e o Coronel José Maria Silva Bitencourt, Comandante das Armas. Ambos eram brasileiros natos e conquistaram logo a simpatia dos nacionalistas, mas o Coronel Bitencourt deixou-se envolver pela política local, particularmente pelos lusos, e o Visconde de Goiana, aos poucos, viu-se desprestigiado, notadamente por sua postura liberal. As provocações lusas envolveram a tropa e, em agosto, os distúrbios se agravaram. As unidades militares rebeladas, com a conivência do Comandante das Armas, exigiram a renúncia do Presidente, que, com 18 dias de governo, embarcou para o Rio de Janeiro na fragata Campista, tendo os rebeldes colocado no governo o Dr. Marcelino José Cardoso, o mais antigo dos conselheiros, que determinou o exílio de vários nacionalistas, entre eles o do Cônego Batista de Campos (para São João do Crato), a quem de direito cabia o governo da Província.

Sangrento 16 de abril.

A necessidade de providências enérgicas no norte do país obrigou a Regência a escolher um liberal de grande talento e idéias avançadas - Coronel José Joaquim Machado de Oliveira - para a presidência da Província, o qual, com o objetivo de pacificar os ânimos, autorizou o retorno dos exilados pelo governo anterior, inclusive o Cônego Batista de Campos.

Ao retornar do exílio, o sacerdote publicou um manifesto proclamando um governo autônomo, com a divisão do Grão-Pará em duas administrações distintas.

Os meses finais de 1832 e os primeiros de 33 foram sombrios para a Província. As disputas políticas locais ampliaram-se com a nomeação dos novos Presidente e Comandante das Armas, respectivamente o Desembargador José Mariani e o Tenente-Coronel Inácio Corrêa de Vasconcelos, ambos identificados com os restauradores, apelidados de caramurus. A agitação culminou com violentos atritos entre liberais e conservadores, aqueles por insistirem em manter no poder Machado de Oliveira, estes para que Mariani assumisse. Mais uma vez as Forças Armadas foram envolvidas. A maioria das unidades colocou-se ao lado das idéias nacionalistas, defendidas pela corrente liberal, apoiando Machado de Oliveira, que, insistentemente, procurava solução legal para o impasse.

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